Um "vírus" chamado Zenfone 2
Como é que uma empresa que chega tarde ao mercado dos smartphones consegue afirmar-se e até contornar a questão da saturação que existe em alguns países? Deixando o telemóvel falar por si e deixando que a experiência de utilização contagie os consumidores
Quando o diretor executivo da Asus, Jerry Shen, falava sobre a estratégia da tecnológica para o Zenfone 2 na Europa, descreveu em primeiro lugar aquilo que já se tinha passado noutros países. E o relato fazia lembrar o de um filme de ficção científica no qual há um vírus que se espalha pelo mundo.
China: mil unidades. França: 200 unidades. EUA: 700 unidades. Taiwan: 300 unidades. Rússia: 300 unidades. Países do Sudeste da Ásia: mil unidades. Estes foram os Zenfone dados a utilizadores beta e depois foi só colher o sucesso.
E a estratégia de marketing da Asus funciona justamente como um vírus: colocam o smartphone na mão de alguns opinion makers e esperam simplesmente que a tecnologia do dispositivo fale por si.
Por esta razão a empresa focou-se em três aspetos que para o executivo da tecnológica são cruciais: design, câmara fotográfica e interface de utilizador. Se o telemóvel for bonito, se as fotografias tiveram qualidade e se o software for fluído, então os utilizadores ficam conquistados e esse sentimento positivo vai espalhar-se a outras pessoas, acredita a marca.
Confrontado com a ideia de que em Portugal o mercado dos dispositivos de gama média e das marcas que lutam no ringue "relação qualidade-preço já está populado, Jerry Shen revelou não estar preocupado pois para ele, o novo Zenfone 2 luta diretamente com o melhor dos iPhone e com o melhor dos Galaxy.
Jerry Shen não tem problemas em admitir que parte da estratégia é inspirada no sucesso e insucesso já experimentado pelos rivais. Por exemplo, a empresa apenas pretende revelar um smartphone por ano - tal como a Apple - e não vários equipamentos que vão desvalorizando à medida que novos modelos vão chegando. Isto porque o objetivo é manter a linha de preço sempre estável.
Mas o alinhamento da Asus para 2015 não é tão simples como à primeira vista pode parecer, isto porque o Zenfone 2 tem na realidade três modelos que não diferenciam de nome entre si - e que pode causar "perigo" na hora de comprar o dispositivo.
O ZE551ML é a versão topo de gama, apresentando um ecrã de 5,5 polegadas Full HD, processador Intel Atom a 2,3Ghz, 4GB de RAM e 32 GB de armazenamento interno. Vai custar 349 euro.
Um pouco mais abaixo surge a versão ZE550ML com um ecrã de 5,5 polegadas e resolução HD, processador Intel Atom de quatro núcleos a 1,8Ghz, 2GB de RAM e 16GB de armazenamento. O preço será de 249 euros.
Por fim aparece o modelo ZE500CL, o mais modesto, mas também o mais barato: por 179 euros os utilizadores garantem um smartphone com ecrã de cinco polegadas e resolução HD, processador de quatro núcleos a 1,6Ghz, 2GB de RAM e 8GB de armazenamento.
A tecnológica de Taiwan está a atravessar um momento de confiança justamente conseguido graças à aposta feita no mercado dos smartphones. Em apenas um ano o modelo original do Zenfone vendeu dez milhões de unidades, um valor conseguido muito graças aos mercados com economias emergentes, mas não deixa de ser um número significativo tendo em conta a quantidade de marcas, dispositivos e preços que existem disponíveis.
Já em 2015 a Asus ambiciona entrar no top dos 10 maiores vendedores de smartphones do mundo e para o ano, revelou o CEO em conversa com o TeK, a meta é mais ambiciosa: lutar pelo sexto lugar do top de vendas mundiais, o que possivelmente fará com que algumas empresas conhecidas, como a Microsoft, possam ficar "para trás".
Por fim a pergunta inevitável: está a Asus a preparar um Windows Phone, dada a grande tradição que a empresa tem com o sistema operativo ao nível de computadores e híbridos? A resposta não veio num formato tão direto, mas Jerry Shen acabou por passar a ideia de que as pessoas estão neste momento no Android e que até para o iOS, segundo classificado nesta guerra, há uma diferença gigante. Portanto se é para estar, se é para construir e se é para crescer, será com o apoio do software da Google.
Rui da Rocha Ferreira
Ligação
Quando o diretor executivo da Asus, Jerry Shen, falava sobre a estratégia da tecnológica para o Zenfone 2 na Europa, descreveu em primeiro lugar aquilo que já se tinha passado noutros países. E o relato fazia lembrar o de um filme de ficção científica no qual há um vírus que se espalha pelo mundo.
China: mil unidades. França: 200 unidades. EUA: 700 unidades. Taiwan: 300 unidades. Rússia: 300 unidades. Países do Sudeste da Ásia: mil unidades. Estes foram os Zenfone dados a utilizadores beta e depois foi só colher o sucesso.
E a estratégia de marketing da Asus funciona justamente como um vírus: colocam o smartphone na mão de alguns opinion makers e esperam simplesmente que a tecnologia do dispositivo fale por si.
Por esta razão a empresa focou-se em três aspetos que para o executivo da tecnológica são cruciais: design, câmara fotográfica e interface de utilizador. Se o telemóvel for bonito, se as fotografias tiveram qualidade e se o software for fluído, então os utilizadores ficam conquistados e esse sentimento positivo vai espalhar-se a outras pessoas, acredita a marca.
Confrontado com a ideia de que em Portugal o mercado dos dispositivos de gama média e das marcas que lutam no ringue "relação qualidade-preço já está populado, Jerry Shen revelou não estar preocupado pois para ele, o novo Zenfone 2 luta diretamente com o melhor dos iPhone e com o melhor dos Galaxy.
Jerry Shen não tem problemas em admitir que parte da estratégia é inspirada no sucesso e insucesso já experimentado pelos rivais. Por exemplo, a empresa apenas pretende revelar um smartphone por ano - tal como a Apple - e não vários equipamentos que vão desvalorizando à medida que novos modelos vão chegando. Isto porque o objetivo é manter a linha de preço sempre estável.
Mas o alinhamento da Asus para 2015 não é tão simples como à primeira vista pode parecer, isto porque o Zenfone 2 tem na realidade três modelos que não diferenciam de nome entre si - e que pode causar "perigo" na hora de comprar o dispositivo.
O ZE551ML é a versão topo de gama, apresentando um ecrã de 5,5 polegadas Full HD, processador Intel Atom a 2,3Ghz, 4GB de RAM e 32 GB de armazenamento interno. Vai custar 349 euro.
Um pouco mais abaixo surge a versão ZE550ML com um ecrã de 5,5 polegadas e resolução HD, processador Intel Atom de quatro núcleos a 1,8Ghz, 2GB de RAM e 16GB de armazenamento. O preço será de 249 euros.
Por fim aparece o modelo ZE500CL, o mais modesto, mas também o mais barato: por 179 euros os utilizadores garantem um smartphone com ecrã de cinco polegadas e resolução HD, processador de quatro núcleos a 1,6Ghz, 2GB de RAM e 8GB de armazenamento.
A tecnológica de Taiwan está a atravessar um momento de confiança justamente conseguido graças à aposta feita no mercado dos smartphones. Em apenas um ano o modelo original do Zenfone vendeu dez milhões de unidades, um valor conseguido muito graças aos mercados com economias emergentes, mas não deixa de ser um número significativo tendo em conta a quantidade de marcas, dispositivos e preços que existem disponíveis.
Já em 2015 a Asus ambiciona entrar no top dos 10 maiores vendedores de smartphones do mundo e para o ano, revelou o CEO em conversa com o TeK, a meta é mais ambiciosa: lutar pelo sexto lugar do top de vendas mundiais, o que possivelmente fará com que algumas empresas conhecidas, como a Microsoft, possam ficar "para trás".
Por fim a pergunta inevitável: está a Asus a preparar um Windows Phone, dada a grande tradição que a empresa tem com o sistema operativo ao nível de computadores e híbridos? A resposta não veio num formato tão direto, mas Jerry Shen acabou por passar a ideia de que as pessoas estão neste momento no Android e que até para o iOS, segundo classificado nesta guerra, há uma diferença gigante. Portanto se é para estar, se é para construir e se é para crescer, será com o apoio do software da Google.
Rui da Rocha Ferreira
Ligação
XP continua a ter mais utilizadores que o Windows 8 |
Novo Surface da Microsoft chega às lojas a 7 de maio |
Os números do Netmarketshare revelam que a velhinha versão do Windows mantém ainda uma quota de mercado a nível global de 16,94%. Depois do XP a Microsoft já lançou três versões do Windows - o Vista, o Windows 7 e mais recentemente o Windows 8.
O Vista, que nunca conseguiu ganhar tração, continua a surgir na tabela dos OS mais usados em todo o mundo, mas já com uma posição residual de 1,97%. O Windows 7 ainda domina o mercado, com uma quota de 58,04%. O novo Windows 8 chega a 14,07% dos utilizadores, numa quota que se reparte entre a versão de estreia do software e a atualização entretanto feita pela Microsoft: o Windows 8.1 que já capta uma quota de 10,55%. Os dados também mostram que ao longo do último ano a penetração do XP não parou de cair, o que não é estranho tendo em conta que a Microsoft deixou de lançar atualizações de segurança para o software e os utilizadores que permanecem nessa geração do sistema operativo fazem-no por sua conta e risco. Mesmo assim, o velhinho XP continua a somar mais utilizadores que o Windows 8, já com vários meses de estrada e bem feitas as contas, embora em queda, a sua expressão no mercado não mudou de forma assim tão dramática no último ano. No início de abril, quando o suporte foi retirado, o XP assegurava uma quota de mercado, a nível mundial, de 27%. Ligação Proteja as suas aplicações uma a uma com um código individualSe não quer que ninguém aceda às suas aplicações, mesmo que esteja autorizado a usar o smartphone, então é melhor espreitar esta app. É grátis.
O App Locker Pro vem trazer aos utilizadores do Windows Phone uma forma de protegerem individualmente as suas aplicações, associando um código de padrão ou código numérico. Desenvolvida pela Study Circle, a app acaba por não ser uma protecção totalmente eficiente para além do acesso através do menu principal. Se os utilizadores usarem o menu lateral conseguem entrar sem código. Mesmo assim é eficaz em relação aos utilizadores mais novos, que usam os smartphones para jogar e muitas vezes acabam por fazer alguma asneira ao colocar posts e imagens nas redes sociais, por exemplo. A app faz também o registo das tentativas de acesso às diferentes aplicações e ai poderá revelar-se mais útil A aplicação está disponível de forma gratuita na loja do Windows Phone. Ligação |
Depois do Surface 3 Pro a Microsoft acaba de lançar o... Surface 3. A manutenção do número quase um ano depois é uma escolha desconcertante mas suporta os rumores sobre a preparação da versão 4 para junho.
O novo tablet da Microsoft é especificamente direcionado aos estudantes e escolas, um mercado que a versão Surface Pro 3 não cobria e que ficou um pouco abandonado depois da descontinuação do Surface RT e do Surface 2. Com um ecrã de 10 polegadas, uma bateria de maior duração, processador menos potente, uma redução da espessura e do peso são algumas das principais diferenças do Surface 3 face à versão Pro que continua a ser comercializada, que também se refletem no preço. O novo tablet fica já hoje em pré-encomenda em Portugal e as vendas têm início a 7 de maio, apenas dois dias depois da disponibilidade global, que será a 5 de maio. preço recomendado parte dos 609 euros, sem capa teclado incluída, mas sobe até aos 729€ numa opção com mais capacidade de armazenamento e de memória RAM, ficando mesmo assim longe da versão de topo do Surface 3 Pro, cujos preços começam nos 799€ mas sobe até aos 1.999€ nas versões com processador Intel i7, 8 GB de RAM e 512 GB de disco. Apesar da diferença de preços, para os estudantes o novo Surface 3 pode não ser um negócio assim tão interessante, pelo menos se não houver um maior desconto. É que o Surface Pro 3 pode ser comprado por 692 euros, na versão mais básica, usando o desconto especial de educação. O novo Surface 3 por dentro O novo Surface 3 tem um ecrã de 10,8 polegadas (mais pequeno do que o Pro), e pesa 622 gramas. O processador é um Atom Quad Core da Intel e não um Core i3, i5 ou i7 que equipa o Surface Pro 3, mas de resto na aparência o tablet dois em um é em tudo semelhante à versão "mais crescida", com o mesmo design e opções de ligação à capa teclado, assim como no uso da caneta como interface de introdução de dados. Está prevista uma versão do Surface 3 com suporte para ligações de dados móveis 4G (LTE) mas que só será disponibilizada dentro de meses, e para a qual ainda não se conhece o preço. Na compra os utilizadores ficam com direito a uma subscrição de Office 365 gratuita durante um ano de utilização e armazenamento na cloud com o OneDrive. A atualização para o Windows 10 está prevista de forma gratuita, o que não é uma surpresa já que isso faz parte da política da empresa para todos os equipamentos. Em termos de acessórios o Surface 3 segue a mesma linha do Surface Pro. Há capas teclado de várias cores, com resposta mais rápida e com um touchpad melhorado, e os preços partem dos 155 euros. A caneta de alumínio tem também quatro opções de cores mas é possível que não estejam todas à venda em Portugal, até porque ainda não integram a oferta na loja online. Esta nova versão tem ainda uma docking station para ligação a um monitor externo e a outros dispositivos de desktop. Ligação |
IBM vai investir 3 mil milhões na Internet das Coisas
A IBM está a criar uma nova divisão dedicada à Internet das Coisas e vai investir nessa área 3 mil milhões de dólares.
O investimento será concretizado ao longo dos próximos quatro anos e servirá para desenvolver uma plataforma cloud, aberta, que terá como principal missão ajudar os clientes e parceiros a integrarem dados e informação em tempo real, explica a empresa.
Para detalhar a importância de um investimento deste tipo, a IBM explica que atualmente só 10% dos dados gerados a partir de dispositivos como os smartphones, tablets ou veículos conectados são analisados e monitorizados. Acrescenta que 60% dessa informação começa a perder valor milisegundos após o seu surgimento.
A Big Blue quer ajudar a explorar este domínio de forma mais aprofundada e essa estratégia assenta num conjunto de soluções que está a lançar e que vão permitir ter uma oferta completa para esta área.
Entretanto, a empresa divulgou algumas das parcerias que já estabeleceu nesta área com novos clientes. A Weather Co é uma das companhias citadas pela fabricante. A empresa vai passar os seus serviços de previsão meteorológica para a cloud da IBM.
Aí vai tirar partido das ferramentas de analítica da empresa e dar mais serviço aos clientes, que ganham novos instrumentos para explorar a informação apurada pelos sistemas da Weather Co, correlacionando-a com dados de negócio, por exemplo.
A IBM destaca ainda outras clientes nesta área, como a fabricante alemã de pneus Continental AG ou a fabricante Pratt & Whitney. Em ambos os casos, as tecnologias da IBM estão a ser usadas para melhorar a capacidade de acesso e análise de dados nos seus processos.
A estratégia agora apresentada pela IBM revela semelhanças com o plano divulgado pela BlackBerry há um ano, quando a empresa detalhou planos para oferecer soluções completas (end-to-end) para este mercado da Internet das Coisas.
Ligação
O investimento será concretizado ao longo dos próximos quatro anos e servirá para desenvolver uma plataforma cloud, aberta, que terá como principal missão ajudar os clientes e parceiros a integrarem dados e informação em tempo real, explica a empresa.
Para detalhar a importância de um investimento deste tipo, a IBM explica que atualmente só 10% dos dados gerados a partir de dispositivos como os smartphones, tablets ou veículos conectados são analisados e monitorizados. Acrescenta que 60% dessa informação começa a perder valor milisegundos após o seu surgimento.
A Big Blue quer ajudar a explorar este domínio de forma mais aprofundada e essa estratégia assenta num conjunto de soluções que está a lançar e que vão permitir ter uma oferta completa para esta área.
Entretanto, a empresa divulgou algumas das parcerias que já estabeleceu nesta área com novos clientes. A Weather Co é uma das companhias citadas pela fabricante. A empresa vai passar os seus serviços de previsão meteorológica para a cloud da IBM.
Aí vai tirar partido das ferramentas de analítica da empresa e dar mais serviço aos clientes, que ganham novos instrumentos para explorar a informação apurada pelos sistemas da Weather Co, correlacionando-a com dados de negócio, por exemplo.
A IBM destaca ainda outras clientes nesta área, como a fabricante alemã de pneus Continental AG ou a fabricante Pratt & Whitney. Em ambos os casos, as tecnologias da IBM estão a ser usadas para melhorar a capacidade de acesso e análise de dados nos seus processos.
A estratégia agora apresentada pela IBM revela semelhanças com o plano divulgado pela BlackBerry há um ano, quando a empresa detalhou planos para oferecer soluções completas (end-to-end) para este mercado da Internet das Coisas.
Ligação