Barreiro recebeu Dia da Cultura da República Moldova em Portugal
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Manter os laços com as nossas origens, com as aldeias ou cidades que nos viram nascer e crescer. “Matar saudades” porque também somos latinos, é verdade e temos, tal como os portugueses esse sentimento, que molda os nossos dias. Reforçar os laços de amizade com os nossos amigos e conterrâneos, partilhar com os filhos as diferentes realidades como a nossa língua, as tradições, a cultura do nosso país, situado à distância a 5 mil kilometros – a santa e formosa Moldávia.
É isso que procuramos fazer com estes encontros, como o que aconteceu agora na SDUB “Os Franceses” no Barreiro, e que constituem simultaneamente uma mostra do que somos, sentimos e vivemos» explica Rodica Gherasim, Presidente da Associação Cultural dos Imigrantes Moldavos MIORITA. Mas a par disso, manter viva a ligação à Moldávia. Poderá dizer-se até, que esta é uma forma necessária de “carregar baterias” face à impossibilidade de saltar as barreiras geográfico-económicas que nos levam a não estar do lado de lá dessa ponte …que liga Portugal à Republica Moldova, acrescenta Rodica Gherasim. Actualmente estima-se em cerca de 13 mil os imigrantes da Moldávia, a viver e trabalhar em Portugal e cujas comunidades mais significativas estão na grande área de lisboa no eixo Lisboa, Cascais e na margem sul do tejo. É este o país que adoptaram como seu e dos seus filhos que já por cá nasceram mas o “coração” esse está efectivamente na Moldávia. O Dia da Cultura da República Moldova em Portugal, foi celebrado, este domingo, no Barreiro, com muita música, dança, exposição de trajes e artesanato, prova e venda de vinhos e outras bebidas assim como o degustar da gastronomia da Moldávia. Desde 1999, o primeiro ano forte da imigração moldava para Portugal que o «Dia da Cultura Moldova» e que tem contribuído para um maior conhecimento da cultura e dos produtos moldavos por parte dos portugueses. E foi num ambiente de festa e consternação que se lembrou a memória dos muitos jovens que perderam a vida, em consequência de um incêndio, que deflagrou numa discoteca, em Bucareste, no passado dia 30 de outubro de 2015. O hino da moldávia, foi cantado em uníssono nas instalações de “Os Franceses” mas também a poesia, o teatro, as danças tradicionais, as canções e a cultura Moldova estiveram em grande evidência neste encontro de moldavos provenientes da grande lisboa e até do algarve, enchendo de cor e alegria este domingo, sob o signo dessa tricolor bandeira moldava – onde o azul evoca o céu, o amarelo as flores desse formoso país e o vermelho do sangue que alimenta os corações…dos moldavos. E se os pais e avós têm feito muito pela preservação e divulgação da cultura moldava, os filhos são a garantia de que os laços com as suas verdadeiras origens, apesar da dupla nacionalidade, como se constatou, pelo sentir de “A minha Moldávia” canção que os mais novos e, de várias idades, interpretaram com muito sentimento e emoção partilhada, com os progenitores que a cada dia lhes transmitem as raízes, as tradições, os valores culturais da Republica Moldova. |